quinta-feira, 15 de outubro de 2015




Sim, eu sei muito bem de todos os pesares e os malefícios de trocar 
o sol pela lâmpada incandescente, mas também sou capaz de perceber
 a sensação de liberdade que existe quando minha sombra se perde na penumbra. 
E são raríssimos os momentos em que estou tão sozinha a ponto de ouvir
 meus batimentos cardíacos. Basta fechar os olhos. É na escuridão que eu
 tento encontrar tudo aquilo que eu perdi achando que, ao te encontrar, eu não
 precisaria de mais nada. É na mesma escuridão que eu tento te ajudar. 
Esse pedaços de mim espalhados pelo caminho são pra você se guiar. 
Mas você recusou ajuda, você recusou ser ajudado, e você recusou o que eu tinha pra te oferecer. Pra você foi pouco, tudo que foi feito, tudo que foi dito, foi pouco.


Flutuando aqui desse jeito com você, sob as estrelas brilhando há 13 bilhões de anos.
A vista é linda e é só nossa esta noite sob as estrelas.
Girar por aí em círculos com você, ver as sombras derreterem a luz tão
 brilhante que vem dos nossos olhos outro espaço é só nosso esta noite.
Veja como as sombras derretem e as ondas quebram-se.
Sussurre em meu ouvido um desejo
 "Nós poderíamos ser levados pra tão longe"
Guardei sua voz dentro da minha cabeça o beijo é infinito
e só nosso essa noite.
"Nós poderíamos ser levados pra longe".
UNDERNEATH THE STARS, de The Cure 
Como não se apaixonar com essa musica e melodia ?
 Simplesmente impossível!

quinta-feira, 8 de outubro de 2015






Alguma vez você já confundiu um sonho com a realidade?
 Ou roubou algo quando você tinha o dinheiro? Você já se sentiu triste?
 Ou pensou que o trem estava em movimento quando ele estava parado? 
Talvez eu fosse louca, talvez fossem os anos 60….ou talvez eu fosse apenas uma garota, interrompida!


sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Perdi, e digo: sei aonde perdi – e não tenho coragem de voltar pra buscar.

É que eu perdi; aí, ganhei de novo. Mas perdi, mais uma vez.
Eu perdi duas vezes, no mesmo lugar.
Eu perdi muito tempo. Não, eu não perdi; Eu estou perdendo muito tempo.
Eu perdi as palavras. Na verdade, estou repleto delas. Não tenho é coragem pra falar.
Eu perdi o sono. Ah, esse eu nem quero mais.
Eu perdi uma porção de camisetas das minhas bandas preferidas.
Eu perdi a razão, perdi a vergonha, perdi meu isqueiro, perdi minha coragem.
Perdi minha coragem, merda.
A: Vamos?
B: Agora?
A: Então deixa…
B: PORRA, você não tem paciência!
A: Tenho, até demais.
B: Eu não tenho paciência com você.
A: Eu tenho medo de várias coisas.
B: Inclusive de você.
A: Me diz alguma coisa boa?
B: O quê?
A: Nada, esquece.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ㅤㅤㅤㅤㅤ Eu caminho.

Ás vezes sozinho, ás vezes acompanhado. São trilhas cuidadosamente abertas nesse campo de gramados altos. Por vezes te vejo seguindo rumos distantes dos meus, mas vejo a ponta da tua cabeça, ao longe, me tranquilizando, por estares logo ali. Observo tuas escolhas e jamais me oponho a nenhuma delas, mas comemoro quando elas levam o teu caminho de encontro ao meu, mesmo que por segundos.
Minhas mãos ocupam meus bolsos para que tu não tenhas tentação de te deixar levar por elas. Minhas mãos vão te levar por caminhos que tu não vais gostar de percorrer. É que eu me vou por lamaçais, manguezais e, por inúmeras vezes, já me perdi em florestas das mais altas sequóias, de ramos tão frondosos a ponto de fazerem com que os raios de sol desistam de mergulhar no chão. E eu preciso de duas mãos pra escalar todas essas montanhas que se aproximam ao norte
Desses cumes posso te ver caminhando, por muitas vezes de mãos dadas com outros passantes, nem que seja só pra pedir informação. É tudo tão triste, quando visto daqui de cima... são tantas almas solitárias de mãos cerradas, são tantas pegadas apressadas de gente que não sabe aonde quer chegar, tanto desespero nessa procura cega pelo que não se sabe o que é, mas que tanto se quer, que eu fico pensando se vale a pena voltar.
Talvez tu nunca venhas a entender, mas eu já estou acostumado com a minha condição de incompreendido. É que tu não sabes como é frio o lugar de onde eu venho. É que tu não sabe como dóem esses pontos ainda não-cicatrizados. É que não se passa pela tua cabeça que, toda vez em que abro meus braços, sinto esses pontos hesitando em permanecerem fechados, sinto as costuras esgaçadas, sinto o ar que faz arder minhas entranhas, sinto a dor de afogar de novo naquele mar salgado que por tanto tempo me privou de cravar os pés em terra firme. E hoje eu tenho um medo enorme do mar.
É quase manhã, traz frio, e não há sol que seja capaz de derreter todo esse gelo antes da noite chegar.
L.S

sexta-feira, 8 de abril de 2011


 Não tenho planos, mas sim sonhos. Não bebo, injeto. Não choro pouco, tenho crises. Não falo alto, eu grito! Não sou chata, sou histérica. Não sou louca, sou neurótica. Não escrevo palavras, escrevo minhas veias. Não sou slut , sou bitch. Amo e odeio a dor. fujo; mas ela sempre me encontra. Metrôs... station to station. Bahnhof zoo, bahnhof dos sonhos, espero por ele... pinto as unhas de vermelho. Volto pra casa sem dizer adeus... galeria dos sonhos. Cigarros de cravo. VALIUM. ESTRELAS. SEXTA-FEIRA. ÁLCOOL. SERINGAS. Amarrar o braço, veia, lua, medo? A morte não é suficiente. DROGAS!

sexta-feira, 11 de março de 2011

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤDor.



Não existem palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que possam expressar a dor da perda. Ela é tão profundamente dolorida e fere a alma com esmero desmedido, cortando lenta e dolorosamente com o lado cego da faca.
A dor é fenomenal, incrívelmente dor, extraordinariamente dor, fatalmente dor. É dor, dor, dor, somente dor. E não cede, não acalma, não dá trégua.
A dor da perda não tem som, não tem voz, e invade o âmago do ser silenciosa e cruelmente fazendo doer e adoecer o corpo. Massacra a alma a tal ponto de tudo ao redor perder o sentido. Tudo. Tudo perder o sentido e o brilho da vida.
Os olhos olham mas nada vêem, os ouvidos ouvem sem nada ouvir, os braços caem sem sentir qualquer amparo, qualquer sussurro de compreenssão, de entendimento. Somente o gosto do sangue da dor é percebido no fundo do coração que sangra, falece e se afunda no fundo da terra, do pó.
E tudo vira dor profunda e cortante como o fio de uma navalha. Os sentidos perdem a razão de ser. Esquecidos de tudo e de todos, menos da dor que rasga, dói e arranha o coração até o sangue jorrar em lágrimas profusas e gritos inaudíveis.
Faz desejar a morte e buscar o fim de tudo, inclusive de si mesmo, para calar... a dor.
Não existem palavras que definam a intensidade da dor da perda. Ela é tão incrivelmente dor que perdemos a definição e a expressão do que sentimos. Nada mais importa. Nada. A dor da perda é pesada demais.